segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cientistas apontam sinais de extinção em massa nos mares

Relatório mostra que oceanos reúnem condições muito semelhantes às que marcaram as grandes extinções na história da Terra

Relatório mostra que níveis de carbono absorvidos hoje pelos oceanos superam os níveis da última extinção global significativa de espécies marinhas. Relatório mostra que níveis de carbono absorvidos hoje pelos oceanos superam os níveis da última extinção global significativa de espécies marinhas. (Thinkstock)
Não é apenas o ar, o solo ou os rios que são afetados pela atividade humana. De acordo com uma equipe internacional de cientistas, oceanos já dão sinais de extinção em massa da vida marinha. O alerta consta de um relatório apresentado hoje por um painel de especialistas do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (Ipso), resultado do estudo dos efeitos acumulados da ação humana sobre os oceanos por 27 especialistas de 7 países.
Os cientistas afirmam que as cinco extinções em massa que se conhecem na história da Terra, quando mais de 50% das espécies existentes desapareceram, foram precedidas por condições muito semelhantes às observadas atualmente. “Os resultados são chocantes”, afirma Alex Rogers, diretor científico do Ipso, que organizou o seminário junto com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a Comissão Mundial das Áreas Protegidas (CMAP). "Considerando-se o efeito cumulativo que a humanidade causou aos oceanos, chegamos à conclusão de que as consequências são bem mais graves do que cada um de nós acreditava."
Aquecimento, acidificação e falta de oxigênio nos mares são algumas das marcas que podem ser observadas. Ao contrário das extinções passadas, estes sinais são a consequências da atividade humana, e apenas agora pesquisadores começam a entender como os três fatores interagem. Os pesquisadores afirmam que foram subestimados os riscos de cada problema, e o resultado foi uma degradação ambiental bem maior do que a mera soma das consequências individuais destas pressões.
Esponja suja - Os oceanos agem com uma esponja, absorvendo mais de um quarto do gás carbônico lançado na atmosfera. Quando há saturação do carbono nos mares, o delicado balanço dos ecossistemas marinhos se desequilibra. Sistematicamente, isso leva ao desequilíbrio de toda a vida na Terra.
O relatório mostra que os níveis de carbono absorvidos hoje pelos oceanos já superam os níveis da última extinção global significativa de espécies marinhas, ocorrida há 55 milhões de anos. Na ocasião, metade da vida marinha desapareceu. Ao que tudo indica, a velocidade e a taxa de degradação dos oceanos hoje estão muito mais altas do que se supunha anteriormente. Poluentes já podem ser encontrados até nos mares polares, mostrando que os efeitos são globais. O relatório lembra que o oceano é "o maior ecossistema da Terra, que mantém nosso mundo em condições suportáveis" para a vida e pede "insistentemente a adoção urgente de um melhor sistema de administração do alto mar, ainda pouco protegido".

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Japão: terremoto separou falha do Pacífico

PARIS — O mortal terremoto de 9 graus que sacudiu o nordeste do Japão em 11 de março causou a separação de uma parte relativamente pequena de uma falha geológica que se estende pelo leito do Pacífico, informaram cientistas em um artigo publicado esta quarta-feira.
O terremoto aconteceu em um trecho da chamada Trincheira do Japão, onde a placa do Pacífico desliza por baixo da placa Okhotsk, sobre a qual fica o arquipélago japonês.
Dados fornecidos por uma rede de estações de GPS, espalhados pelo Japão e denominada GeoNet, ajudaram a revelar detalhes de onde o terremoto ocorreu e o que aconteceu.
A modelagem das pressões e tensões abaixo da ilha de Honshu, à medida que a falha se partiu, demonstra que o epicentro se encontrava cerca de 200 km ao leste de Sendai, no coração de uma área extraordinariamente compacta, em forma de lozango, no leito marinho.
Só há registro de apenas um punhado de terremotos com magnitude 9 ou superior e eles são capazes de rachar o leito marinho em centenas de quilômetros.
O maior terremoto já registrado, um evento de 9,5 graus de magnitude detectado na costa sul do Chile em 1960, rompeu o limite da placa em mais de mil quilômetros.
O sismo de 11 de março, no entanto, aponta para uma zona de deslizamento de 400 km de extensão por 200 km de largura.
Mas o que faltou em tamanho, foi compensado em termos de movimento, já que a energia liberada ocorreu menos de 20 km abaixo do fundo do mar.
O fundo do mar no epicentro deslocou-se por impressionantes 27 metros, provocando o deslocamento de água que explica porque o tsunami que se seguiu foi tão grande.
O sistema GeoNet utiliza sensores de posicionamento para fazer um mapeamento milimétrico dos movimentos telúricos.
Nos 15 anos que antecederam o terremoto de 11 de março, o sistema demonstrou uma lenta escalada da tensão em Honshu, quando a poderosa placa do Pacífico comprimiu e puxou o flanco leste da ilha.
A tecnologia pode ser útil para monitorar falhas onde um forte terremoto ocorre em fendas que se separam ao longo de séculos, depois que contenções após fendas ao longo de séculos, depois de uma escalada de tensões que chega a um ponto de ruptura.
Evidências geológicas do passado distante sugerem que a Trincheira do Japão era propensa a sofrer com terremotos fortes, mais muito raros, geradores de tsunamis.
Mas com a possível exceção de um sismo em 869 d.C., não há evidências documentadas para sustentar esta suspeita e, sendo assim, o risco foi ignorado ou subestimado.
O estudo, publicado na revista científica britânica Nature, foi liderado por Shinzaburo Ozawa, da Autoridade de Informação Geoespacial do Japão, situada em Tsukuba.
Em um comentário, Jean-Philippe Avouac, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caletch) disse que novos dados, do GeoNet e da pressão submarina provocada pelas ondas de tsunami, indicaram que o epicentro do deslizamento de 11 de março pode ter ocorrido a mais de 50 metros.
Se for assim, este terá sido o maior escorregamento já registrado, afirmou.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Bebê de 2 meses que fala surpreende camponeses na Nicarágua

Um bebê de dois meses deixou seus pais espantados quando, depois de tomar leite, pronunciou as primeiras palavras em uma comunidade camponesa da Nicarágua, informou a imprensa nesta quarta-feira. "A primeira palavra que falou foi para mim; disse mamãe", relatou Isabel Mendoza ao El Nuevo Diario.
"As palavras que disse foram mamãe, papai, 'pipe' (menino)", afirmou a mulher. O pai, Antony Huete, contou que seu filho, que possui o mesmo nome dele, pediu-lhe uma vez "água, água". A avó materna do menino, Rosa Álvarez, contou que no início não dava crédito a esta história, até que ouviu o bebê dizer "água". "Pediu água ao pai", relatou.
O caso insólito ocorreu na comunidade de El Palmar, no município costeiro de Tola, departamento de Rivas, perto da fronteira com a Costa Rica. O jornal afirmou que alguns moradores temem que isto seja um sinal de que o fim do mundo se aproxima. "Estou um pouco confusa, porque o pastor diz que é normal, mas eu digo que é um sinal do fim dos tempos", afirmou Enriqueta Mendoza, uma das vizinhas do casal.
"É algo inacreditável, assombroso, nunca visto", expressou, por sua vez, José del Carmen Pérez, que afirmou que o bebê se comporta de modo estranho e "olha feio para as pessoas". "A Bíblia fala que nos últimos tempos veríamos coisas que jamais acreditaríamos", disse o pastor evangélico da aldeia, Saúl Gutiérrez.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Vulcão entra em erupção no Havaí

A agência americana US Geological Survey divulgou imagens da erupção de um vulcão havaiano.
É possível ver o nível da lava subindo no vulcão Kilauea. Cientistas monitoram o fluxo piroclástico, que é a grande quantidade de rochas derretidas de cor laranja brilhante.
A lava vem escorrendo até um lago próximo onde a temperatura chega perto de 600 graus celsius. O temor dos cientistas é que o lago transborde.
Em outra cratera do mesmo vulcão a atividade parece estar aumentando. Novas fotos mostram um fluxo de lava se formando em seu solo.
Imagem da erupção do Kilauea (Foto: Us Geological Survey)Imagem da erupção do Kilauea (Foto: Us Geological Survey)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Vulcão e Terremotos Colocam Chile e Argentina em Alerta












Santiago (Chile) - As imagens impressionantes feitas do complexo vulcânico Puyehue-Cordón Caulle, no sul do Chile, que entrou em erupção neste sábado, já estampam as principais mídias mundiais. A erupção do vulcão - que estava inativo há mais de 50 anos - obrigou as autoridades chilenas a evacuarem cerca de 3,5 mil pessoas que moram nos arredores do local.
A erupção do vulcão chegou a deixar o aeroporto de Bariloche fechado. Uma coluna de fumaça já atinge 10 km de altura e as cinzas começaram a chegar à Argentina.
Segundo a MetSul Meteorologia, não está descartado que o material expelido pelo vulcão alcance o Sul do Brasil nos próximos dias. Há diversos precedentes históricos de cinzas de erupção no Sul e no Centro do Chile que chagaram o Centro da Argentina e o Rio Grande do Sul. Conforme o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, o transporte das cinzas a locais distantes dependerá de correntes de vento em altitude chamadas de correntes de jato e da manutenção da erupção com forte intensidade.
Esse complexo vulcânico está situado no lado chileno da Cordilheira dos Andes, cerca de 950 quilômetros ao sul de Santiago. No fim de abril, ele começou a registrar atividade vulcânica, que se intensificou nas últimas horas.
Na manhã de sábado, detectou-se uma média de 230 sismos por hora, o que levou o Governo chileno a decretar alerta vermelho e a determinar a evacuação de aproximadamente 600 pessoas diante do risco de erupção.
Apenas três horas depois desse anúncio, as autoridades informaram sobre uma explosão, que provocou uma coluna de gases de aproximadamente dez quilômetros de altura e de cinco quilômetros de extensão.
Por isso, o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, ordenou ampliar a área de evacuação, levando 3,5 mil pessoas a deixar suas casas em áreas próximas ao vulcão, nas regiões de Los Ríos e Los Lagos.
O complexo vulcânico se estende ao longo de 15 quilômetros entre as duas regiões meridionais, em uma área de pouca densidade demográfica, e uma de suas principais crateras é o Puyehue, de 2.240 metros de altitude, cuja última erupção data de 1960.
Com informações da EFE