Uma coleção da maioria das espécies vegetais da Terra será juntada no arquipélago de Spitzbergen. Os espécimes dessas sementes serão guardados em um depósito, o maior do mundo. Esse armazém gigantesco cavado em uma rocha a 120 metros de profundidade poderá enfrentar os mais violentos cataclismos, tais como uma guerra civil, um aquecimento global ou terremoto. Esse depósito situado a apenas mil quilômetros do Polo Norte foi aberto há três anos. Desde já, conta com mais de meio-milhão de espécimes de sementes.
A ideia de sua criação havia partido da Noruega. O projeto é patrocinado por Bill Gates, pela Fundação Rockefeller e várias outras gigantes financeiras internacionais. Seus projetistas, que deram uma olhada para um futuro remoto, modelaram umas mudanças do clima terrestre fundamentadas no cenário mais catastrófico daqui a 200 anos. Foi escolhida uma área de terra firme no Spitzbergen que mesmo na eventualidade de derretimento da cobertura glacial em ambos os polos continuará acima do nível do mar.
Para a boa conservação das sementes contribuirá o grande afastamento do arquipélago das grandes civilizações, enquanto que o “permafrost” continuará tomando conta da refrigeração mesmo em caso de uma pane nos equipamentos.
Entretanto, alguns adeptos de teorias conspirativas já supõem na imprensa que esse depósito tenha sido criado com um certo objetivo secreto, ou seja, para tomar o poder na eventualidade de uma guerra biológica que tiver eliminado umas classes inteiras de plantas no planeta. É um disparate total – pensa Igor Abakumov, diretor-geral do grupo midiático “Krestianskie Vedomosti”. E continua:
A humanidade há de ter espécimes das plantas crescendo no seu território a fim de poder selecionar as melhores espécies. Numa época, o acadêmico russo Vavilos juntara uma coleção de sementes até o momento insuperável do mundo. Aquela coleção conservou-se em Leningrado mesmo durante o sítio nazista na Segunda Guerra Mundial. Embora reinasse uma fome violenta, aqueles sementes não foram comidas graças à consciência adquirida pelo pessoal acerca de sua grande importância para os descendentes. É grato ver que a Noruega agora aprontou tais cavernas para armazenamento das sementes do mundo inteiro. Penso que será um sinal para os nossos zeladores da coleção de Nikolai Vavilov. Porque há de ser ampliada, enriquecida e melhor financiada. Agora, Já existem muitas sementes geneticamente modificadas, ainda não compreendendo perfeitamente a humanidade quais os efeitos que seu uso pode comportar.
Tanto a coleção de Vavilos como a coleção norueguesa trazem umas sementes de plantas endêmicas. Por exemplo, as sementes do milho originárias diretamente do México são de umas espécies endêmicas, ou seja, selvagens. São as espécies mais fortes capazes de crescer por toda a parte. Seu cruzamento pode produzir umas espécies completamente novas de milho, trigo e diversas culturas graníferas as quais poderão futuramente gerar colheitas muito ricas para se poder alimentar a população terrestre em constante crescimento.
Este ano, a coleção do Spitzbergen foi acrescida de sementes de 1 500 variedades da batata peruana. As mudanças climáticas ameaçam a agricultura praricada pelos fazendeiros tradicionais nos Andres. Entretanto, a decisão de guardar umas sementes regionais no Ártico garante a preservação das numerosas marcas da nossa batata – explica o pesquisador peruano Alejandro Argumedo. O depósito no Spitzbergen está disponível para toda a comunidade internacional. Portanto, a atual diversidade da flora deste planeta continuará patrimônio das gerações vindouras com qualquer clima.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
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